SOBRE AS DÚVIDAS DO MUNDO

Não me equilibro
em cordões umbilicais:
nunca houve rede de segurança.
Negocio mares e naufrágios
aceito terras e tombos
e na travessia
sou primariamente feliz.

Onde dará tudo isso?

Viro a página do destino
para outra vez encontrar
falsas folhas em branco.
Há livros e dicionários
escondidos atrás das entrelinhas.
A hipocrisia me força a não lê-los.
Sei de cor os parágrafos tortuosos de um adeus.


 

2010