POR NÃO SABER
Por teus córregos piso
como se em milharais.
Confundo terra e água
para melhor aproveitar meu tempo em ti.
À margem duas capivaras
ignoram o lamaçal e pastam tranqüilas.
Por vício digo o teu nome
e um pardal atravessa
o caminho da minha voz.
A natureza toda me serve
ao delírio de não saber se me amas.
2008
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