O poeta carioca Jacinto Fabio Corrêa, nascido em 1960, surgiu no cenário literário brasileiro em 1989, com a publicação de Entre Dois Invernos, produção independente que anunciava a opção do escritor pela poesia do detalhe, retratando, com particular sutileza, as situações do dia a dia.

O caos urbano, as chegadas e despedidas amorosas, a potência e a inocência das artes são alguns dos temas que habitam os livros de poesia de Jacinto. Outra particularidade marcante de sua obra é o  casamento essencial entre a palavra e o visual - para o poeta, tão importante quanto apresentar os poemas escolhidos é ter a certeza de que eles receberam o tratamento gráfico adequado: “Na verdade, faço mais roteiros do que livros. Conto histórias através de versos e, para isso, preciso de uma parceria visual”.

Essa proposta de trabalho é marcada principalmente pelo aspecto artesanal dos seus livros, em que cada exemplar é tratado individualmente, por meio de colagens de papéis, metais, madeiras e de acabamentos que se utilizam de cordas ou silk-screen para traduzir o lirismo dos poemas do autor.

Além de Entre Dois Invernos, Jacinto já lançou outros oito livros de poesia seguindo essa mesma linha de trabalho, com a criação visual sempre assinada pela designer Heliana Soneghet Pacheco: Cenas Nuas (1990), Jogos Urbanos (1992), O Derrame das Pedras (1994), Pedaços – O Parasempre da Hora (1996), O Diário do Trapezista Cego (1999), Poemas Casados (2003), Poemas Caseiros e Poemas Simples (2007), e Silenciário (2010). Além disso, em 2008 lançou o DVD Um diário para dois e, em 2005, em conjunto com seu irmão, o cantor e compositor e cantor Paulo Corrêa, o CD de música e poesia Sinais Urbanos,

Jacinto, jornalista e publicitário.